Como a banda humorística Massacration ridicularizou o power metal no Brasil?


Embora tenha contribuído para a divulgação do metal no Brasil, a banda humorística Massacration também teve um papel importante na ridicularização do power metal no país. Criada como paródia, a banda caricaturou os clichês do gênero — como letras épicas, vocais agudos e visual exagerado — ao ponto de muitos passarem a encarar o estilo como piada. 

Para o público leigo, o limite entre a sátira e a realidade ficou turvo, e o power metal acabou sendo associado a exageros infantis, superficialidade e falta de seriedade. Isso contribuiu para uma visão estereotipada e até pejorativa do gênero, especialmente entre aqueles que não conheciam suas raízes ou sua riqueza musical.

Assim, enquanto atraía atenção, Massacration também ajudava a minar a credibilidade de um estilo já pouco compreendido no cenário brasileiro.

Não está sendo discutido o caráter ou o talento do Bruno Sutter, se é 'gente boa', se é talentoso, apenas fatos. Helloween e Strattovarius possuem mais de 40 anos de carreira e a maioria de suas músicas não é sobre castelos e "dragões de plástico" . Não existe o tal de "metal espadinha" e o gênero está mais forte do que nunca no mundo.

Nota-se que esse fenômeno ainda é maior no estado de São Paulo, onde que a banda paródia foi criada, bem como em outro lugares do Brasil, onde que a cidade com nome de santo é idolatrada. Pois bem, essa não é uma crítica à banda em si, nem aos seus músicos, é uma apenas constatação de um fenômeno cultural ocorrido no Brasil, onde que a inteligência média do brasileiro dificilmente chega a 100 pontos de QI, que não consegue compreender que o power metal combina elementos de música clássica, ou seja, é neoclássico, com letras geralmente otimistas.


Célio Azevedo