Célio Azevedo é jornalista,
músico e escritor, possui 3 álbuns e 4 livros lançados até o momento, além de diversos
singles, também trabalha como produtor musical e atua como cientista político.
Está lançando a sua primeira opera rock, a “Celio Azevedo’s Scout: Scoutish -
The XXI Rock Opera”. Eu sou a Luciana Cunha, e nós da Rocknews vamos
entrevistá-lo hoje.
Luciane Cunha: Célio, por favor, conte-nos
mais sobre como será a temática de sua ópera:
Célio Azevedo: Olá Luciana. É
muito bom respondê-los nesse momento tão importante em minha vida. Essa é a
minha primeira opera neoclássica, portanto estou extremamente feliz em divulgar
a minha arte.
A temática em si fala sobre a
grande odisseia que é a vida moderna, os seus altos e baixos, onde que os
personagens principais somos todos nós. E essa história só acaba quando
morremos, ou não. O casal John e Ana representa a síntese moderna, pós-ideológica,
a qual todos vivemos. Eles amam, sofrem e lutam para sobreviver nesse mundo
apocalíptico. Há momentos de tristeza, solidão, desespero, alegria e esperança.
O nome Scout, e sua licença
poética “Scoutish”, remetem uma homenagem à minha primeira banda oficial, a
Scout, que recentemente completou 21 anos de fundação.
Luciane Cunha: É uma visão muito
realista dos fatos. Algo raro na música de hoje em dia.
Célio Azevedo: Sim, as minhas
letras não costumam falar sobre situações abstratas, mas sim sobre a vida como
ela é. Isso não quer dizer que minhas músicas sejam autobiográficas. Grande
parte delas é sobre situações, pessoas as quais já tive contato, uma
determinada realidade política/social, a humanidade de um modo geral e o
universo. “Vida Sofrida” e “Do it Again” por exemplo não falam sobre mim.
“Ponto de Fuga” fala sobre o relacionamento do homem com o universo. Também utilizo
muito de metáforas e ironias. É sempre um prazer compor diversas músicas por
dia, desde os 16 anos de idade.
Luciane Cunha: Uma curiosidade, você
possui diversas formações acadêmicas ao longo de sua vida. Quantas formações
você tem no momento? 3? 4?
Célio Azevedo: Na verdade são 5,
contando com as pós-graduações. Completei Comunicação Social - Jornalismo,
Informática como graduações e Docência do Ensino Superior, mais 2 MBAs, um em
Marketing e o outro, em Gestão de Negócios, respectivamente. Seriam 6, no
entanto, no meio disso, eu tranquei uma a qual vi que realmente estava muito
aquém do que eu julgava importante, Direito. Não gostei para mim, talvez seja
útil para quem eu contrate. Risos.
Luciane Cunha: Notei também que sempre
viaja muito. Quais os países que você já tocou? Você realizou muitos shows no
exterior?
Célio Azevedo: Viajei por mais de
10 países ao longo de minha vida até o presente momento, o que ainda acho pouco.
Mas só toquei em três no exterior, um show no Chile e um outro na Argentina, na
América Latina. E em Praga, República Tcheca, realizei uma apresentação em um
pub, com os amigos. Como também trabalho com mercado financeiro, posso atuar de
qualquer lugar do mundo, graças à tecnologia. Pretendo fazer uma turnê em
breve. Espero que não seja dirigindo, pois detesto dirigir.
Luciane Cunha: Célio, fale-nos
sobre os outros músicos em sua opera rock?
Célio Azevedo: Tenho a Dani
Starr, que é uma excelente e belíssima cantora, com uma voz de anjo. O Mário
Sevciuc, da banda de heavy metal do Rio de Janeiro, Sevciuc, Alexandre Fersan,
também da banda, e eu. Há também um baixista. Talvez eu consiga encaixar mais
um vocal feminino, mas o nosso álbum já está quase pronto.
Luciane Cunha: E para quando é o
lançamento?
Célio Azevedo: No primeiro
semestre de 2020, com certeza. Vocês podem conferir na Amazon, Apple Music,
Spotify, Google Play, Deezer, etc. Além desse site: https://store.cdbaby.com/artist/celioazevedo
Luciane Cunha: Quando você
iniciou a carreira musical e quais são as suas principais influências?
Célio Azevedo: Eu comecei na
verdade quando era criança, quando meu pai me deu meu primeiro violão. Mas
oficialmente, comecei no final de 1999. De lá para cá, nunca parei de fazer
música.
Minhas influências principais são
The Doors, Radiohead, Blur, Beatles, Helloween, Stratovarius, Blind Guardian,
além de vodka russa. Risos.
Luciane Cunha: Entre as bandas
Scout e Prematório, qual das duas te marcou durante os seus mais de 20 anos de
carreira?
Célio Azevedo: A Scout foi a
minha primeira banda a qual pude dizer que era realmente minha, formada por
mim. A Prematório é um projeto mais maduro e profissional. A primeira banda a
qual participei foi uma chamada “Metalwave”, que tocava covers diversos. Nessa daí
fui apenas um vocalista convidado. Logo depois, saí e criei a Scout, que teve
músicos como Edson Gama e Hugo Bhering. Atualmente, estou mais focado nessa
carreira solo.
Luciane Cunha: Você acha que o
politicamente correto tem atrapalhado o rock?
Célio Azevedo: Não só o rock,
como todos os aspectos da vida cotidiana. Hoje em dia, o mundo está muito chato
e não podemos falar mais nada. Deveríamos ter mais liberdade para ofender os
outros. Risos.
Luciane Cunha: O que você espera
para o futuro da música como um todo?
Célio Azevedo: A música nunca vai
parar de nos surpreender com coisas espetaculares. No entanto, cada vez mais
está difícil existir algo que seja totalmente original, pois quase tudo já foi
criado anteriormente.
Luciane Cunha: E da política mundial?
Célio Azevedo: Vejo uma guinada
liberal no ocidente e uma eurasiana no oriente. No mundo, não há mais lugar
para esquerdismos radicais.
Luciane Cunha: Qual é a sua mensagem
final para os nossos espectadores?
Célio Azevedo: Façam o que querem
e não liguem para o que os outros pensam de você, mas nunca se esqueçam de
buscar o que é belo. Se você quer ser músico, faça pela arte, não apenas pelo
dinheiro, que também é importante, mas não é tudo na vida. Um grande abraço a
todos!
Luciane Cunha: Agradeço pelo seu
tempo e espero entrevistá-lo mais vezes.
Luciane Cunha é uma das repórteres da Rock News TV.